30 de junho de 2011

A vida não é adiável



“Sinto que este é um período de luta depois do qual tudo deve abrir, ficar mais fácil, menos batalhado. Quero que daqui pra frente a vida seja hoje. A vida não é adiável.”

29 de junho de 2011

Faz de Conta




Faz de conta que o céu tá bonito, que a saudade é pequena e que a fé é muita. Faz de conta que a dor foi-se embora. Faz de conta que ama e que é amada. Faz de conta que nada mais sangra, que o sonho não acabou e que o riso é constante. Faz de conta que num piscar de olho a gente constrói o que a gente quiser. Faz de conta que o amor é tanto que corre das veias e chega a sobrar. Faz de conta que a inocência ainda existe e tá pertinho da gente. Faz de conta que as pessoas que a gente gosta apareçam em sonho. Faz de conta que o fio da vida é longo e que nele cabe a eternidade. Faz de conta que as cantigas ocupam o lugar do choro. Faz de conta que a gente consegue desatar os nós de marinheiro que a vida dá. Faz de conta que não é preciso inventar.

28 de junho de 2011

Se houve, eu não lembro.




       “Estranho é que não escolhi. Não consigo precisar o momento em que escolhi. Nem isso, nem qualquer outra coisa, nem nada. Foram me arrastando. Não houve aquele momento em que você pode decidir se vai em frente, se volta atrás, se vira à esquerda ou à direita. Se houve, eu não lembro.  Tenho a impressão de que a vida, as coisas foram me levando. Levando em frente, levando embora, levando aos trancos, de qualquer jeito. Sem se importarem se eu não queria mais ir. Agora olho em volta e não tenho certeza se gostaria mesmo de estar aqui. Só sei que dentro de mim tem uma coisa pronta, esperando acontecer, o problema é que essa coisa talvez dependa de uma outra pessoa para começar a acontecer. “

È Presente.


'Não é preciso agendar, entrar em fila, contar com a sorte, acordar cedo para pegar senha: a possibilidade de recomeço está disponível o tempo todo, na maior parte dos casos. Não tem mistério, ela vem embrulhada com o papel bonito de cada instante novo, essa página em branco que olha pra gente sem ter a mínima ideia do que escolheremos escrever nas suas linhas. O que é preciso mesmo é coragem para abrir o presente.''

27 de junho de 2011

Happy birthday to me




       Hoje é dia 27 de junho, também conhecido como “o dia mais lindo do ano”. É, estou completando 20 primaveras ( tudo bem que é inverno, mas, eu prefiro a primavera). De repente a gente para e pensa: mais um ano se passou! Menos um agora. Porque na verdade eu não tenho um ano a mais, mas sim, um ano a menos. Mas isto nem importa muito, contando que os anos que se passaram tenham valido a pena e os que virão se comprometam em ser melhores ainda, tá valendo ! Parando pra refletir no que acabei de escrever, estou pensando se os anos que se passaram valeram a pena.

     Bom, não que eu tenha vivido de maneira errada, extrapolando os limites, passando da conta. Nada disto! Talvez assim, teria vivido-os de maneira intensa. Mas, não. Acho que passei mais que despercebida diante dessas 2 décadas. Não aproveitei todas as manhas de sol, não cheirei todas as flores, não colhi todos os sorrisos, nem me apaixonei por todas as belezas desses momentos passados. Contudo, não posso dizer que nada fora aproveitado. Conheci muitos jardins; apaixonei-me, talvez uma única vez; brinquei em algumas manhas de sol, semeei e colhi sorrisos, enfim, vivi, da maneira que me era possível, pelas oportunidades que tive, até então.

Mas posso dizer também, que 20 primaveras, parece pouco, mas  fizeram em mim grandes transformações. Porque...


Com 20 primaveras, você aprende que ser criança é a melhor coisa do mundo. Aprende porque, quando  se tem 10 anos, torcemos fervorosamente para que o tempo passe e que chegue logo o dia em que poderemos ter um carro e ir onde quisermos; o dia em que teremos dinheiro e seremos independentes, enfim. Mas, quando chega, as brincadeiras de rua fazem muita falta, os amigos deixam saudades, e sentimos falta de nós mesmos. Lembro de quando eu era pequena e o mundo parecia ser enorme e o tempo passava devagar. 


Com 20 primaveras, você aprende que vó é a melhor coisa do mundo. 

Aprende porque, nenhum de seus passeios pela night, festas, churrascos com amigos, enfim... nada substitui os finais de semana na casa da vó.


Com 20 primaveras, você aprende que ralar o joelho é a melhor coisa do mundo. Aprende porque, dói menos que coração com feridas que não cicatrizam, daquelas que sopro nenhum faz parar de arder, e nem sequer adiantam os antigos mertiolates.


Com 20 primaveras você aprende que as pessoas adoram dizer que você mudou, mas nunca se preocupam se você teve motivos para mudar e muito menos quais foram.


Com 20 primaveras você aprende que os amigos são indispensáveis. Aprende que aquela amizade a qual você queria que nunca acabasse, você realmente não quer que  acabe, mas o tempo e as circunstancias vão provocando desgastes, então, Cuidado! Preserve. Aprende que sua melhor amiga nem sempre percebe seu pior momento, mas você precisa aprender lidar com isso, e, sabe se lá o que você também não descuidou.


Com 20 primaveras você aprende que não está necessariamente errado por amar em demasia uma pessoa, a gente erra é quando espera que ela nos ame da mesma maneira.


Com 20 primaveras você aprende que muitos já passaram pelas mesmas, ou melhor,  por angustias muito parecidas com as suas. Basta ler, no meu caso, Caio Fernando de Abreu; e ver que nossas almas dançam no mesmo vazio. E que essa partilha permite que eu aproveite do que ele escreveu para desvaziar um turbilhão interior.


Com 20 primaveras você aprende que poderia ter feito diferente, que poderia ter feito dar certo, que poderia ter sido melhor com alguém. Mas você também aprende que não depende  só de você. Que somos todos influentes e influenciáveis. Somos produtos das nossas experiências, das nossas contingências  e das oportunidades que a vida nos dá. Mas nada disto vale, senão compartilhamos de um mesmo propósito.


Com 20 primaveras você acaba aprendendo que pode suportar muito mais do que imagina. E que o tempo é algo idencifrável.


Com 20 primaveras, já dizia Cecília Meireles, “Aprende a se deixar cortar para voltar sempre inteira. “


Com 20 primaveras você aprende que isso tudo ainda é muito pouco. E que é preciso aprender muito mais.


Obrigada, Deus, por mais um ano de vida !

25 de junho de 2011

Obrigada.



 
         Acho que alguém já escreveu algo sobre isso, não me recordo quem. Mas, a verdade é que, é tão bom encontrar nas palavras de alguém algo que traduza exatamente, ou quase,  a nossa dor. Bom por que é sinal de que não estamos sozinhos, alguém já passou ou está passando por isso e continua vivo. Talvez sem alguns pedaços, eu sei, mas esta aí, de pé; e ainda escreve.

    É bom saber que o coração não dança sozinho e que a alma tem companhia, mesmo que não se encontram e não se conheçam,  reconhecem no momento em que identifico em um texto, em uma palavra ou em um livro, alguma coisa próxima do meu ‘vazio’. E por enquanto eu sigo assim, buscando, e às vezes encontrando, nas palavras dos outros, a descrição "disso" que eu não sei traduzir e o consolo que preciso.  Obrigada Caio Fernando, Ana Jácomo, Fernando Pessoa, Lia Luft, Clarice Lispector, Rubens Alves, Paulo Coelho e tantos outros que têm me ajudado. Não é nada fácil dizer com as minhas palavras o quão indescritível é essa sensação de pertencer a um mundo de coisas e sentir-se vazio e perdido. É isso aí.



Luto !

23 de junho de 2011



"Sem pensar em nada mais, fecho os olhos para esquecer. Dorme, menina, repito no escuro, o sono também salva. Ou adia."

O meu é desarmado.



"Meu coração é totalmente desarmado. Se eu amo, amo mesmo. Se eu confio, confio mesmo. Mas, o tempo, o aprendizado que vem com as circunstâncias, têm me ensinado que inocência é coisa pra andar bem juntinha da sabedoria. Meu coração é desarmado, mas grande parte dos outros não é."

22 de junho de 2011

Refeição em Família.



Faaaz falta !

Coisas Frágeis (?)

'Acho que prefiro me lembrar de uma vida desperdiçada com coisas frágeis, do que uma vida gasta evitando a dívida moral. {…} E me perguntei a que me referia com ‘coisas frágeis’. Parecia um belo título para um livro de contos. Afinal, existem tantas coisas frágeis. Pessoas se despedaçam tão facilmente, sonhos e corações também.'

Pior que Sabe.



"Vamos combinar que muitas vezes não há nada de tão imprevisível, de tão inimaginável, muito menos entrelinhas, muito menos mau-olhado. A gente sabe, por memória das andanças, para onde a estrada de certos gestos nos leva, mas a gente segue. A gente sabe no que dá mexer em casa de marimbondo, mas a gente mexe. A gente sabe que não vai receber o que espera, mas a gente oferta sempre pela penúltima vez. A gente sabe que algumas praias são traiçoeiras, que não sabemos sequer nadar direito, que o afogamento é a coisa mais provável de todas, mas a gente mergulha. A gente sabe que a realidade, por mais dura que seja, precisa ser encarada com os olhos mais abertos do mundo, mas a gente inventa todo jeito que pode para desviar o olhar."

13 de junho de 2011

Simples. Complexo.





“Eles se amam, todo mundo sabe, mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele a quer. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de está com o outro for maior do que os outros.

Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.”

10 de junho de 2011



“A pior coisa do mundo é quando alguém faz você se sentir especial, e de repente, te deixa de lado. E aí você tem que agir como se não se importasse."