25 de junho de 2011

Obrigada.



 
         Acho que alguém já escreveu algo sobre isso, não me recordo quem. Mas, a verdade é que, é tão bom encontrar nas palavras de alguém algo que traduza exatamente, ou quase,  a nossa dor. Bom por que é sinal de que não estamos sozinhos, alguém já passou ou está passando por isso e continua vivo. Talvez sem alguns pedaços, eu sei, mas esta aí, de pé; e ainda escreve.

    É bom saber que o coração não dança sozinho e que a alma tem companhia, mesmo que não se encontram e não se conheçam,  reconhecem no momento em que identifico em um texto, em uma palavra ou em um livro, alguma coisa próxima do meu ‘vazio’. E por enquanto eu sigo assim, buscando, e às vezes encontrando, nas palavras dos outros, a descrição "disso" que eu não sei traduzir e o consolo que preciso.  Obrigada Caio Fernando, Ana Jácomo, Fernando Pessoa, Lia Luft, Clarice Lispector, Rubens Alves, Paulo Coelho e tantos outros que têm me ajudado. Não é nada fácil dizer com as minhas palavras o quão indescritível é essa sensação de pertencer a um mundo de coisas e sentir-se vazio e perdido. É isso aí.

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